No cinema temos conjuntos com vários títulos reunidos. Assim como há a existência dos gêneros, os produtos cinematográficos também são pensados para participarem de determinadas vertentes e uma delas é o Blockbuster!
Arrasa quarteirões
Se buscarmos uma tradução mais literal para o Português, Blockbuster fica como “Arrasa quarteirão”. Esse termo ficou popular em 1975, devido ao sucesso absoluto do filme “Tubarão”, que investiu 9 milhões de dólares na produção, com um retorno de 470 milhões de dólares em bilheteria (Número convertido para a cotação atual*).
Apesar de ganhar um nome na década de 1970, esse movimento tem quase a mesma idade do cinema, à medida que durante as décadas de 1910 e 1920 tivemos o surgimento de curta-metragens com foco no que chamamos de “Comédias pastelão” ou “humor fácil”, que são basicamente aqueles roteiros em que os personagens se metem em situações de cunho físico e constrangedoras. O nome mais famoso dessas obras é Charlie Chaplin, que ao lado de grandes artistas como Buster Keaton e Harold Lloyd, levou multidões aos cinemas para gargalhar da vergonha alheia.
Com o passar dos anos, as produções ganharam novos ares, explorando a carreira de longa-metragens, que foram fundamentais no desenvolvimento e popularização de Hollywood. Se antes, personalidades como Chaplin injetavam grande quantidade de dinheiro em curtas, agora os produtores colocam muito mais nos longas. Se o investimento é maior, o retorno tem que ser mais do que satisfatório.
Os proprietários dos estúdios buscam entender a mentalidade de seu público e percebem a oportunidade de usar massivamente o “Sistema de Estrela”, sistema voltado para que os fãs saibam praticamente tudo da vida dos atores/atrizes famosos e através dessa humanização da figura pública, criem um vínculo afetivo com a estrela, a ponto de quando ela aparecer em algum show, irá assisti-la a qualquer custo. Então, quando uma produção anunciava o protagonismo de James Stewart ou Grace Kelly, era certo a presença de grande número de espectadores.
A ideia do Blockbuster
A princípio, um Blockbuster tinha como premissa, gastar pouco com um retorno gigantesco. Hoje gasta muito para se ter grandes bilheterias. A verdade é que temos dois grupos dentro deste termo, o que tem sucesso e o que fracassa.
Os filmes que pretendem arrasar quarteirões e têm sucesso são os que vendem bem a ideia com trailers e propagandas. Eles visam trazer novidades no meio cinematográfico, geralmente voltadas ao movimento tecnológico visual, então as histórias presentes nos roteiros ficam em segundo plano, prejudicando uma boa colocação na academia do Oscar, por exemplo. Também portam linguagem acessível à população em massa, seja nos signos ou diálogos.
Os que fracassam muitas vezes pecam no marketing do filme, mas tem outros fatores como a seleção de elenco que não agrada o público.
Funciona?
Os Estados Unidos são conhecidos por muitas coisas, mas é inegável que Hollywood é sua maior potência perante o seu reconhecimento no mundo.
Hollywood ascendeu sua fama construindo e adaptando fórmulas que são utilizadas até hoje. Essas fórmulas são carinhosamente chamadas de “Enlatados Americanos”, que por sua vez são a alma do Blockbuster.
Esse modelo, por ser taxado como parte da cultura Norte-americana, pois exalta o sonho americano, deixando as histórias e situações um tanto quanto atrativas ao povo. Quem nunca sonhou em salvar a Terra de um apocalipse?
Então, sim. Funciona! A Jornada do Herói é sempre seguida à risca e já perdemos a conta de quantos títulos Blockbusters foram realizados e levaram pessoas aos cinemas, quebrando vários recordes de bilheteria.
Se ainda não está crente do que foi dito nesse texto, basta passear pelos filmes atuais do Império Disney! Você encontrará cada detalhe que aqui foi citado.
Por
Juliano Ferreira