As séries de televisão são divididas em muitas vertentes e aqui falaremos sobre o que engloba uma série Sitcom.
O que significa a palavra Sitcom?
Originária do inglês Situation Comedy (Comédia de situação), a palavra funciona como um explicativo, já que a expressão na língua de origem, remete a situações vividas por personagens nas histórias contadas.
Como funciona uma Sitcom?
Esse formato tem pioneirismo em 1946, com uma série Britânica chamada “Pinwright’s Progress”. Ela teve apenas uma temporada, mas ditou regras que suas sucessoras utilizariam a risca até os dias atuais.
Em geral as Sitcoms são feitas dentro de um estúdio fechado, com as ações dos personagens ocorrendo dentro de um espaço delimitado, nomeado palco. Os produtores podem escolher o número de câmeras que vão captar o enredo e essa quantidade pode ser de uma a três, isso é selecionado de acordo com a estética requerida.
Elas apresentam o costume de serem gravadas em espaço portando layout parecido com o de um teatro, pois além do palco, são montadas fileiras para suportar a plateia que irá reagir ao contexto estabelecido. A partir da década de 1960, a plateia passou a ser substituída em algumas produções por um equipamento que promove a “Trilha de Risadas”. Esse dispositivo é repleto de botões que desempenham tarefas como risadas e palmas automáticas.
Tendo como carro-chefe a comédia no gênero, realizações desse perfil recorrem a uma construção de roteiro em padrão específico. Nele temos um grupo de personagens, sejam eles uma família, grupo de amigos, e por aí vai. A cada episódio das temporadas, esses núcleos estarão sujeitos a diversas situações que os afetarão direta ou indiretamente.
Dentre as tramas que encontramos nos episódios, podemos identificar três tipos que são bem demarcadas nos scripts, vamos chamá-las de A, B e C.
A trama “A” é a principal, (acontece bastante dos capítulos terem um nome que nos ligue a essa situação), ela tem um tempo de tela maior, chegando até o fim do episódio e sempre busca reunir dois ou mais dos personagens principais para experienciá-la. A trama B, carinhosamente levando a alcunha de “plot Secundário”, tem o hábito de trazer uma mini – narrativa para que o espectador dê uma “descansada” da trama “A” , ela tem uma duração menor e a resolução mais simples. A trama “C” vai servir de apoio tanto para a “A”, quanto para a “B”, tem como característica forte usar personagens que são alívio cômico (mais engraçados que o restante). Em algum momento eles vão interagir com as histórias principais.
Essas tramas tem seu início e resolução dentro do tempo pedido pelo formato, que gira em torno de 20 a 30 minutos. Sua estrutura é adaptada para ter intervalos comerciais. O estilo apresenta uma linguagem clara para um público mais “familiar”, sem palavrões e ofensas escancaradas, claro que em alguns casos o tipo de humor é alterado dependendo do público alvo.
O sucesso das Sitcoms
A programação de televisão tende a ser muito severa quanto à oportunidade de retorno dos shows. Uma cultura comum nesse meio é a exibição do que chamamos de “Episódio Piloto”, que consiste na amostragem do primeiro capítulo na emissora. Caso a audiência receba a demonstração do produto de forma numerosa, o canal investe na sequência, encomendando a feitura das temporadas com aquele conteúdo.
Poucas séries passam nesse teste, mas as que têm sucesso marcam gerações. Dentre os exemplos temos “Um maluco no pedaço”, “Friends” e “Drake & Josh”. Há casos que os fãs se conectam tanto com a ideia em tela, que viajam para conhecer os locais mencionados no programa, como aconteceu em “Full House” (Três é demais), onde as locações para o set se transformaram em fortes pontos turísticos.
E você? tem alguma Sitcom que te marcou? Deixe nos comentários!
Por
Juliano Ferreira