O que o brasileiro Eduardo Saverin e americano Daniel Kottke têm em comum?

Eduardo Saverin e Daniel Kottke, à primeira vista nada relacionados, mas talvez não seja tanto assim, afinal, o estaduniense cientista da computação e o empreendedor brasileiro têm histórias semelhantes. Para além do enorme investimento pessoal no mundo da internet, as suas vidas tocam-se num ponto muito específico, revelou Kottke à Dice.

O paralelismo pode ser traçado até através dos filmes The Social Network (2010) e Jobs (2013), mais propriamente de um detalhe que nenhum dos dois deixa passar em branco. É que Saverin foi um dos colaboradores fundamentais de Mark Zuckerberg e Kottke de Steve Jobs, ambos, respectivamente, co-fundadores das empresas Facebook e Apple.

As semelhanças não ficam por aqui – Kotkke, décimo segundo empregado da Apple, testou com Jobs o Apple I, o primeiro modelo de computador. Permaneceu na empresa durante vários anos, contribuindo com Jobs para o desenvolvimento do Apple II e do Macintosh, mas aquando do crescimento da empresa, Jobs não lhe ofereceu nenhuma percentagem, tendo-lhe apenas proposto um lugar no marketing, que ele não aceitou.

Do mesmo modo, Saverin conheceu Zuckerberg nos seus anos em Harvard, tendo co-fundado e contribuído largamente para o desenvolvimento da rede social Facebook. Alegadamente, Saverin teria investido inicialmente 15 mil dólares no Facebook, problemas logísticos e não presença de Saverin em Sillicon Valley, para onde se tinham transferido (este ficou em Nova Iorque para levantar fundos) levam Zuckerberg a fazer planos com Sean Parker para reduzir a relevância do brasileiro no projeto, acabando por criar uma empresa em Delaware, tornando-se diretor e demitindo assim indiretamente Eduardo.

Após processo judicial levado a cabo pelo próprio Saverin, que agora vive em Cingapura, é agora novamente tido como co-fundador, detendo cerca de 5% da empresa. Em entrevista à Dice, quando confrontado com a semelhança da representação de Saverin no filme ele mesmo Kottke chega mesmo a confessar que tem uma grande empatia pelo brasileiro e queria muito conhecê-lo, poder ver esse papel foi terapêutico para si.