Depois que surgiram os buscadores web a relação entre doentes e a internet se intensificou mais que pacientes e médicos. Surgiram mil preocupações da parte da área médica por que se trata de uma facilidade que pode levar a erros quando ao tentarem diminuir seu sofrimento os doentes primeiro recorrem aos buscadores na tentativa de saber sobre o mal que passam.
Em um atendimento a Dra Rosana informa ao seu paciente a sua frente a forma mais adequada de monitorar e cuidar de sua pressão. Mas ao olhar mais fixamentre pro seu paciente a Dra percebe a expressão meio duvidosa e desconfiada do seu paciente, Sr Carlos. A cardiologista então insiste em falar mais e com mais riquezas de detalhes, tentando transmitir mais segurança ao paciente, que começa a esboçar um sorriso de confiança e alegria. A dra Rosana então questiona: “O Sr tem feito consultas no Dr Google né Sr Carlos?”.
Isso tem acontecido com uma frequência cada vez maior, mas preocupante, pois as informações tão adversas do mundo digital podem criar insegurança maior que a esperada, muitas das vezes até pânico. Muitas vezes quando o paciente se defronta com o seu médico, geralmente já o faz “armado” com as mais diversas respostas, muitas das vezes única, ou seja, como se todos tivessem colhido informações no mesmo lugar… Google? Isso provocou um alarde na área médica e uma intensa campanha para conscientizar os pacientes sobre tão perigosa atitude. Parece não adiantar, os pacientes insistem em continuar “consultando” o “Dr Google” e parece que é um hábito difícil de quebrar. Chega ao ponto de os pacientes desconfiarem do médico, isso é inacreditável.
Esse problema fez acontecer o que deveria ser de praxe: (a) o artista deve ir aonde o povo está; (b) se Maomé não vai à montanha, a montanha vai à Maomé; (3) se o conteúdo não está na internet, o pesquisador precisa disponibilizar o seu acervo; (4) se o paciente não encontra a informação correta na web, a informação correta vai até o paciente pela web. Este último é o nosso caso: Google + Hospital Albert Einstein.
O que está acontecendo, desde o dia 9 de março de 2016, no Brasil é justamente isso. Como os pacientes geralmente encontram informações adversas, diferentes, sem fundamentos, incertas, sobre doenças que os acometem. Então o Hospital Albert Einstein fez uma valiosa e inédita parceria com a gigante da Busca Google. Foram criados quadros contendo ilustrações, dados básicos sobre cada doença, sintomas, formas de contágio, tudo devidamente formatado e revisado por uma equipe de médicos
“Nossa expectativa é a de que, com esse ‘check-up’, consigamos oferecer a qualquer pesquisa sobre qualquer enfermidade um ponto de partida com a excelência de ninguém menos do que os médicos do Einstein” (Engenheiros da Google em Belo Horizonte).
A ideia foi encabeçada pelos engenheiros do escritório de Belo Horizonte, da Google, que lançaram primeiramente ano passado nos Estados Unidos, sendo o Brasil o segundo país a ter este recurso. Segundo a Google Brasil BH, cerca de 5% das buscas efetuadas diariamente tem a ver com saúde. As respostas continuarão sendo as mesmas de sempre, exceto nos resultados oriundos do Hospital Albert Einstein, que serão tabulados em uma grade à direita especialmente criada para fornecer resultados científicos, balizados por uma equipe de especialistas do Hospital, e portanto informações confiáveis. Além disso será disponibilizado, no final da grade, no canto inferior esquerdo, um link pra fazer o download do conteúdo em formato PDF.
O idealizador do projeto é o engenheiro da Google em Belo Horizonte: Frederico Quintão.
As informações são coletadas pelo Google através de algoritmos criados especialmente para gerarem os quadros. A decisão de criar essa funcionalidade que envolve questões de saúde, foi em virtude de três problemas que comumente se encontra em conteúdos do gênero: (1) a complexidade de textos acadêmicos que acabam por “espantar” os usuários comuns; (2) a credibilidade dos sites em que estão dispostas as informações, criando dúvidas nos usuários do buscador; e (3) a falta de informações referentes às doenças comuns e o excesso de informações referentes às doenças raras, uma contradição inclusive. Esses três pontos comprometem significativamente os resultados.
Percebemos que não existe nenhuma informação sobre a parceria entre o Google e o Hospital Albert Einstein. Seria uma forma de não dar à iniciativa uma característica mercadológica? Seria mais adequado que a Google tivesse feito a parceria com o Ministério da Saúde, um órgão público? Independentemente das razões, antes de mais nada, o mais importante foi justamente corrigir erros aos quais estamos sujeitos a ter no uso de uma ferramenta ampla, de tal poder de atingimento e sendo livre, como é a internet e as suas ferramentas de busca. Estão, desta forma, de parabéns as duas empresas envolvidas nesta solução tão importante.
Veja na imagem abaixo que há casos em que a funcionalidade não aparece de imediato, mas ao lado direito, nas tradicionais respostas, aparecerá a sugestão sobre acessar a informação sob CONDIÇÃO MÉDICA.
Após clicar no aviso em azul, linkado, o sistema então exibe a funcionalidade da parceria na área de saúde. Veja na imagem a seguir, o resultado anterior na funcionalidade.
Obs: Veja no canto inferior esquerdo o link pra fazer o download do conteúdo no formato PDF.
“Parabéns pela parceria visionária! Estar a frente, na busca por novas tecnologias e pensar na nova “geraçāo touch” (kkk) é o diferencial Einstein que o faz ser o melhor hospital da América do Sul!!! Fiquem Bem, e continuem evoluindo ok!” (Ana Carolina Abreu).
Veja no vídeo o depoimento da equipe técnica e médica do Hospital Albert Einstein, sobre a parceria com a Google, no uso da ferramenta para atendimento de utilidade pública.
EXEMPLOS:
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