Round 6 (ou Squid Game) chegou à Netflix no dia 17 de setembro e vem quebrando diversos recordes, como o de se tornar a primeira produção produção do streaming a alcançar o primeiro lugar em todos os países em que o seriado está disponível — um total de 83 nações, incluindo Brasil, Estados Unidos, e outras.
Com uma trama que parece misturar elementos de filmes como Jogos Vorazes e Jogos Mortais, os episódios mostram 456 participantes participando de jogos infantis. O prêmio é milionário. Mas o preço da derrota é a morte imediata.
1. A boneca existe de verdade
Se você tiver coragem de chegar perto da emblemática boneca gigante da série, já pode marcar sua visita para o condado de Jincheon, na Coreia do Sul. O gigantesco animatronic está em um museu.
Segundo informações da JTBC News, a boneca pertence ao Jincheon Carriage Museum, também conhecido como Macha Land, e foi emprestada à produção da série. Mas já foi devolvida ao local de origem.
2. Os símbolos da série
Círculo, triângulo e quadrado. Se você já teve contato com um Playstation, provavelmente imaginou que os emblemáticos símbolos da série faziam relação ao console, como forma de relacionar ao jogo que envolve a trama. Mas a verdade é que os símbolos representam apenas o nome do jogo e da série.
No alfabeto coreano, o círculo representa a letra “O” (ㅇ), o triângulo é o “J” (ㅈ), e quadrado é a letra “M” (ㅁ). E o que significa OJM? Significam “Ojingeo Geim” (오징어 게임), que nada mais é que o nome do jogo, o “Jogo da Lula”, tradução para “Squid Game”, que é o nome da série em muitos países.
3. 456 pessoas realmente participaram do primeiro jogo
No início de Round 6, havia um total de 456 participantes no jogo. E esses participantes foram todos interpretados por atores reais. Sério, não tem nada de computação gráfica ali.
Hwang foi inflexível em minimizar o uso de CG, o que significa que a maioria dos cenários foi criada e construída de forma prática. Lee Jung-jae, o ator veterano que interpretou Gi-hun em Round 6, ficou surpreso quando viu como os cenários eram em grande escala na vida real.
Ao construir cenários enormes e filmar com pessoas reais, o diretor garantiu que o drama fosse retratado da maneira mais realista. O elenco pôde interagir com os sets físicos e dar uma atuação autêntica.
4. As pinturas nos quartos davam pistas dos jogos
No início, havia muitos leitos cobrindo as paredes do dormitório, mas à medida que mais participantes morriam, o número de leitos diminuía. Escondidas atrás das camas estavam pinturas que mostravam os jogos que seriam realizados.
Com apenas três participantes e três camas restantes no episódio oito, as pinturas nas paredes do dormitório tornaram-se aparentes.
Este detalhe de design de cenário impressionou muitos espectadores. À primeira vista, essas pinturas se assemelham a ilustrações de um livro infantil, o que tornava fácil descartá-las sem pensar muito. No entanto, as pinturas nas paredes do dormitório foram, na verdade, pistas importantes que poderiam ter ajudado os participantes a vencer. Talvez o Jogador 111 devesse ter apreciado o ambiente um pouco melhor.
5. As escadas são inspiradas em “Relatividade” de M. C. Escher
No episódio um, uma tomada de cima para baixo das escadas coloridas e desorientadoras impressionou os espectadores e criou uma atmosfera inquietante.
O diretor revelou que foi inspirado por uma impressão litográfica do artista holandês M.C. Escher. A impressão litográfica é uma das mais famosas de Escher, intitulada “Relatividade” e ilustra um mundo onde as leis da gravidade são diferentes do mundo real.
Em “Relatividade”, há um total de sete escadas dispostas de uma maneira estonteante. Isso é semelhante ao projeto de escada complexa e corredores labirintos de Round 6.
6. Os uniformes
Se tivéssemos que escolher duas cores para definir Round 6, elas seriam verde e rosa. O diretor Hwang Dong-hyuk vestiu os participantes com roupas de ginástica verdes, pois isso o lembrava do que os alunos coreanos do ensino médio usavam quando ele era jovem.
Para dar um bom contraste de cores, os soldados foram vestidos de rosa choque, que é a cor diretamente oposta ao verde na Roda de Cores. O resultado não é apenas visualmente atraente, mas também deixa claro que os dois grupos estão em times opostos. Curiosamente, o rosa é usado para provocar medo em Round 6. Além dos uniformes rosa dos soldados, o corredor entre o dormitório e a arena de jogo também é rosa.
Além disso, vestir os participantes e soldados com uniformes da mesma cor apaga simbolicamente sua individualidade e identidade. Outra coisa que adiciona a esse elemento de anonimato é o uso de números em vez de nomes. Ao chamar os participantes e soldados por seus números designados, isso significa que o sistema rouba sua identidade.
7. O diretor afirmou que participaria dos jogos
Hwang Dong-huk, diretor da série, revelou que escreveu o primeiro roteiro de Round 6 em 2008. Durante uma entrevista de divulgação do programa, ele revelou que na época tinha várias dívidas, como os participantes do doentio jogo que vemos em Round 6. Sua precária situação financeira foi a inspiração para a trama da série. E ele ainda afirmou que participaria de um jogo do gênero se existisse um naquele período.
8. Os “nãos”
O streaming já declarou que e o programa está bem perto de bater o recorde de série mais vista de todos os tempos da plataforma, conquista que pertencia a Bridgerton. Mas não foi um caminho fácil até aí.
O roteiro de Round 6 foi finalizado em 2009, mas o diretor Hwang Dong-huk não conseguia investidores ou mesmo atores para fazer suas ideias saírem do papel. O motivo: na época, a trama era vista como muito violenta e perturbadora.
9. A trilha sonora é familiar para causar nostalgia
Assim como os jogos, a trilha sonora que acompanha a competição durante os episódios são melodias infantis tradicionais das décadas de 1970 e 1980. Além de dar um ar ainda mais sombrio, quando misturada às cenas de violência, a trilha foi escolhida para dar um clima nostálgico e familiar, mas também para fazer referência ao tratamento infantilizado que dão aos participantes como referência a sua posição na hierarquia.
10. Acusado de plágio
Claro que com tanto sucesso e chamando uma atenção tão grande, Round 6 não ficaria longe de algumas polêmicas. E a maior delas diz que a história sul-coreana tem algumas similaridades com o filme japonês As the Gods Will , de 2014, do renomado diretor Takashi Miike.
As semelhanças começam nas premissas de cada obra. O filme acompanha um grupo de estudantes de ensino médio, forçados a participar de um jogo infantil que pune com a morte quem perder. Já a série da Netflix mostra pessoas falidas e desesperadas por dinheiro em um jogo que se baseia em brincadeiras infantis mortais para afunilar seus participantes. Além disso, fãs do diretor japonês apontaram diversas semelhanças entre os elementos visuais de cada obra.
No entanto, o diretor Hwang Dong-hyuk não se abalou com as acusações de plágio, dizendo que desenvolveu a história de Round 6 entre 2008 e 2009, muito antes da estreia do filme de Takashi Miike.
Round 6 é sucesso mundial e está disponível em 9 episódios na Netflix.