Quem é professor, pai e mãe sabe: há uma crise por parte dessa geração que não quer escrever. Anotar no papel parece cafona, arcaico, coisa do passado. Agora, o aluno fotografa o quadro, envia pelo whatsapp e a turma tem tudo escrito e na memória! Tem muito aluno por aí que não tem mais caderno, nem lápis, nem caneta! Será que isso funciona?
Em recente artigo, o Dr. Umejima e sua equipe fizeram um teste que comprovou que, primeiramente, anotar é muito melhor do que não anotar nada se a ideia é memorizar. Mas não para por aí. Ele percebeu que havia diferença na lembrança entre aqueles que anotaram no papel, em um tablet e no celular. Adivinha quem lembrou mais? Aquele que anotou no papel!
Sim!
Os pesquisadores testaram o comportamento de recuperação de memória de compromissos anotados a partir de três grupos: um grupo que usou cadernos de papel, um segundo grupo que usou um tablet para as anotações e um terceiro grupo que usou o celular. O processo de recuperação da memória foi feito uma hora depois, após uma atividade de interferência (uma atividade de distração), aferido em uma varredura de ressonância magnética funcional. Ao se analisar o resultado das práticas recuperativas da memória, observaram-se três benefícios concretos favoráveis ao grupo que fez anotações no papel.
Em primeiro lugar, o grupo fez anotações mais rápidas e precisas sobre os compromissos. A precisão foi significativamente maior em questões entendidas como mais fáceis e diretas.
Em segundo lugar, ocorreu o envolvimento de diversas áreas cerebrais que envolvem a linguagem.
Em terceiro, a ativação anterior foi significativamente maior no grupo quando comparado com os outros dois. Dessa forma, os autores concluem:
A superioridade significativa tanto na precisão quanto nas ativações para o grupo Nota sugeriu que o uso de um caderno de papel promoveu a aquisição de informações de codificação ricas e / ou informações espaciais de papéis reais e que essas informações poderiam ser utilizadas como pistas de recuperação eficazes, levando a ativações nessas regiões específicas.
Anotou isso aí?
Se quiser ler o artigo original do Dr. Umejima, clique aqui!