Morreu nesta quarta-feira, 11, o ator Paulo José, aos 84 anos. Ele estava internado havia vinte dias e morreu em decorrência de uma pneumonia. Paulo sofria há 20 anos do Mal de Parkinson. Expoente do cinema e da TV, Paulo foi um ator e diretor, com dezenas de trabalhos que marcaram a história da dramaturgia nacional.
Paulo José Gomes de Souza nasceu em Lavras do Sul, no Rio Grande do Sul, em 20 de março de 1937. O contato com as artes começou cedo, ainda na escola. Nos anos 60, ele se mudou para São Paulo onde começou a trabalhar no Teatro de Arena. Sua primeira peça foi Testamento de um Cangaceiro, de Chico de Assis, em 1961.
Em comunicado, a TV Globo prestou uma homenagem ao ator: “Um dos maiores nomes da nossa dramaturgia, como ator e diretor, e também dono de uma voz marcante, Paulo José é daqueles artistas de quem o público sempre se sentiu próximo. Nas últimas décadas, entrou em nossas casas por meio de uma infinidade de personagens que ficam, assim como ele, para a história”.
Já nesta quinta-feira morreu o ator Tarcísio Meira, aos 85 anos. Ele e a esposa, a atriz Glória Menezes, de 86, foram internados no Hospital Albert Einstein, no dia 6 de agosto, em São Paulo, diagnosticados com Covid-19. Glória apresentou sintomas leves, enquanto o ator precisou ser intubado. A atriz segue internada.
Em entrevista a VEJA, em 2019, o ator, que estrelava a peça O Camareiro, afirmou, então com 84 anos: “Artista não se aposenta. Quer trabalhar, enquanto houver trabalho para ele”. Na mesma conversa, ele revelou o temor em relação à finitude da vida, dilema que também assolava o personagem vivido por ele na trama. “Ninguém gosta de pensar que o fim está chegando. Mas ele está chegando para mim. A esta altura da vida, muitos colegas da minha idade se foram. Daqui a pouco, vou eu. Talvez eu deixe um vazio nas pessoas.”
Entre novelas, séries e teleteatros, Tarcísio carimbou seu nome em mais de 60 trabalhos. Entre os títulos mais marcantes estão Saramandaia (1976), Roque Santeiro (1985), Araponga (1990), Fera Ferida (1993), O Rei do Gado (1996), Hilda Furacão (1998), O Beijo do Vampiro (2002), A Favorita (2008), e Velho Chico (2016). Seu último trabalho na TV foi a novela global Orgulho e Paixão (2018), na pele de um industrial inglês.
Que descansem em paz.
Um Comentário
Jorgea Camargo
Triste notícia para a cultura brasileira, para o mundo artístico. Deixará um legado imenso.