Sinopse: Um Indiano de classe pobre, passa trabalhar de motorista para uma família rica, no qual tratam seus funcionários de modo desumano.
Quando O Tigre Branco chegou no catálogo da netflix disserem que era o novo “Parasita” e realmente possui algumas semelhanças com o longa de 2019, entretanto esse filme está vários degraus abaixo do citado.
A introdução faz lembrar muito o filme “Quem Quer Ser um Milionário”, logo de cara é mostrada a realidade daquela população que enfrentam a extrema pobreza, no qual não possuem um amparo mínimo do governo, é um começo forte e grandioso.
Durante o segundo ato eu senti o ritmo pesar um pouquinho, a história fica parada por muito tempo no mesmo lugar, porém apesar da demora a história evolui, há momentos bem marcantes durante esse percurso e o ato final possui alguns altos e baixos, mas termina em uma nota positiva.
O personagem principal Balram, me dividiu um pouco, isso porque eu tive dificuldade de me importar por ele, pois é importante torcer para o protagonista, mesmo quando ele tem desvios de caráter, todavia a interpretação de Adarsh Gourav é muito boa, ele começa super contido e submisso, mas quando ele realmente se solta é puro talento chegando lembrar Jake Gyllenhaal em O Abutre. Priyanka Chopra faz a única pessoa realmente boa do filme, ela é humana e inconformada com a injustiça, porém sem parecer uma heroína genérica, Rajkummar Rao faz um homem bem instável que não é completamente mal, mas que é omisso e vive preso na bolha do elitismo e Kamlesh Gill subverte de forma sensacional o conceito de avó bondosa.
O Tigre Branco é um projeto ambicioso e relevante, que derrapa em alguns momentos, mas usa bem de suas metáforas e gera boas reflexões.