Olist nasceu em 2007 como Solidarium das mãos de Tiago Dalvi com a missão de tornar-se o maior marketplace para artesãos no Brasil. Ao perceber que a dificuldade de acessar as grandes redes varejistas do país não se restringia apenas aos artesãos, o fundador transformou a empresa em 2015, para todo tipo de lojista a chegar aos maiores e melhores marketplaces nacionais e internacionais, que até o dia de hoje já recebeu mais de 126 milhões de doláres de investimentos de risco (venture capital).
Tiago nasceu em Londrina, no interior do Paraná e tem o DNA empreendedor na sua veia. Ele teve que aprender do jeito difícil porque já viu seus pais falirem e resolveu seguir o caminho tradicional para aprender acerca de gestão e negócios, graduou-se em administração na UFPR, em Curitiba. Começou sua jornada passando 3 anos na Empresa Jr., onde conseguiu participar de uma parceria com ABN AMRO e depois, aos 19 anos lançou a Solidarium como uma loja de shopping.
De lá pra cá a empresa já ajudou a potencializar mais de 1500 negócios em 50 países, participou da aceleração da 500 Startups e recebeu o aporte da Redpoint e-ventures. Este ano (2021) recebeu um aporte de 80 milhões de dólares (R$ 448.632.000 na cotação de hoje) em uma rodada de investimentos liderada pela Goldman Sachs Asset Management, um dos mais tradicionais grupos financeiros multinacionais, fundado em 1869, com ativo de 860 milhões de dólares e mais de 34 mil funcionários. O próximo passo é o IPO (abertura de capital na bolsa de valores).
Com esse capital a startup espera continuar sua expansão internacional, que já começou nos idiomas inglês e espanhol, e vai fundo na aquisição de empresas menores em nichos específicos, como foi o caso de Clickspace e Pax Logistica, No início deste ano, Olist já está presente em mais de 180 países e tem mais de 200 mil usuários ativos. Isso representa mais uma indicação de São Paulo tem se consolidado como hub de startups com potencial internacional e um área de testes para o crescimento dos investimentos em capitais de risco em países emergentes nos próximos 20 anos em regiões como Ásia e África.
O primeiro aporte financeiro externo na Olist ocorreu em 2015 e o que se contabiliza informalmente é que com essa última infusão, a Olist já angariou mais de 126 milhões de dólares desde essa abertura. Antes da pandemia, a empresa que já tinha grande parte das suas operações online já tinha mais de 7.000 clientes e usava um modelo de drop-shipping para enviar produtos diretamente das lojas para clientes em todo o país, o que lhe permitiu crescer sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura.
Atualmente, com mais de 25.000 comerciantes em sua plataforma a startup está, sem dúvida, se beneficiando do boom do comércio eletrônico alimentado pela pandemia que ocorre em todo o mundo. Somente na América Latina, o setor de comércio eletrônico movimentará cerca de 85 a 115 bilhões de dólares nos próximos dois anos. O principal produto da startup, a Olist Store, oferece gerenciamento de listas de produtos, logística e pagamentos das lojas virtuais, além de programas personalizados de vendas para parceiros como Submarino, Mercado Livre, Ponto Frio, Shoptime, Carregou, Via Varejo e outras
Segundo a Bloomberg, a Olist conseguiu dobrar sua receita em 2020 já no primeiro trimestre de 2021 e com o recente aporte da Goldmann Sachs é esperado que a avaliação da empresa a transforme em mais um unicórnio brasileiro. E a sua startup, como vai? Não tem uma ainda? Olha dá tempo de começar, Tiago Dalvi não chegou onde chegou do dia pra noite muito menos por sorte do momento. Houve muito trabalho, dedicação nesse processo e nem precisou de logo bonita, Instagram lotado nem firula com venda de cursos e mentorias.
Saudações tecnovesters 👏🇧🇷 a esse herói brasileiro! 🏆
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