Conforme o Guia para Prescrição, Concessão, Adaptação e Manutenção de Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção do Ministério da Saúde, a junção de reabilitação e cuidado é entendida como uma estratégia de saúde e uma resposta social à deficiência.
Esse método tem nas tecnologias assistivas (TA) um ajudante importante para a valorização, integração, inclusão e promoção dos direitos das pessoas com deficiência. No universo das TA, as órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (OPM) ocupam papel de destaque no âmbito da saúde.
Segundo o documento, a efetividade desses dispositivos perpassa por um processo responsável e qualificado que inclui avaliação, prescrição, confecção, dispensação, preparação, treino para o uso, acompanhamento, adequação e manutenção.
Vale lembrar que “tecnologia assistiva” é um termo utilizado para identificar todo o arsenal de serviços e recursos que colaboram para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas e, consequentemente, promover inclusão e independência.
A tecnologia assistiva nasce da aplicação de avanços tecnológicos em áreas já estabelecidas. Trata-se de uma disciplina de domínio de profissionais de diferentes áreas do conhecimento que interagem para restaurar a função humana.
Refere-se ainda à pesquisa, fabricação, uso de equipamentos, estratégias ou recursos utilizados para potencializar as habilidades funcionais do desempenho humano, desde as tarefas básicas de autocuidado até o desempenho de atividades profissionais.
Um pouco de história
Tem-se registro de que desde 3. 500 a.C, há busca por dispositivos que pudessem auxiliar o ser humano diante de perdas funcionais ou de membros do corpo tem sido descrita desde épocas remotas. No entanto, somente a partir da Guerra Civil Americana e das primeira e segunda guerras mundiais foram observados avanços nos processos relacionados às técnicas cirúrgicas de amputações e na confecção de OPMs.
No século passado, depois da Primeira Guerra Mundial, foram criados fóruns e instituições, como a Associação Americana de Órteses e Próteses, para discutir e desenvolver padrões éticos, programas científicos e educacionais e alternativas para melhorar o relacionamento entre os protesistas e os profissionais da área da saúde.
Assim, segundo o estudo do Ministério, os avanços na restauração protética e ortética sempre são provenientes de múltiplas frentes. Desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas, melhoria no tratamento de pré e pós-operatório e avanços na tecnologia de materiais são exemplos. Fatores como design e técnicas utilizadas pela indústria de próteses e melhor entendimento das implicações psicossociais decorrentes de perdas funcionais também são relevantes.