A resposta para essa pergunta pode ser mais difícil do que você imagina. Isso porque ela envolve diversos fatores, alguns muito alheios à sua vontade. Para esclarecimentos iniciais, o comportamento pró-social é aquele desenvolvido porque você gosta da coletividade e faria muito por ela! O comportamento antissocial esta relacionado com ter vontade de evitar as pessoas além de advogar para si mesmo. Os comportamentos pró-sociais são mais valorizados socialmente, é claro. Mas devo adverti-los que todos nós temos ambos comportamentos e isso é algo que as ciências da cognição vêm encontrando ampla explicação.
Nossos comportamentos dependem de três grandes vias ou estruturas. É o saldo entre elas, que nos exibimos para o mundo real, para os olhos das outras pessoas.
A primeira são as amígdalas. Não se tratam daquelas extraídas nas cirurgias de garganta. Essas de que falo são cerebrais. Essas estruturas estão ligadas com três características que vão ser determinantes para o comportamento: medo, agressividade e nível de excitação. São características muito impulsivas e intensas.
A segunda corresponde ao sistema dopaminérgico. A dopamina é uma substância que derramamos no nosso cérebro quando estamos felizes e isso acontece quando estamos sobretudo procurando uma recompensa (mais mesmo do que quando a recebemos! ).
A terceira é a parte frontal e pré-frontal do cérebro. Essa região atua como regulação para nosso comportamento, permitindo-nos atuar conscientemente, fazendo julgamentos sobre nosso comportamento. Aqui, podemos fazer tomadas de decisão considerando fatos. É o que se espera, pelo menos.
A interação entre os três resulta no que fazemos, como nos comportamos. Se as duas primeiras superarem a última, podemos sair de si e atuar seguindo nossos instintos ou cegamente procurando nosso prazer, prazer esse que sempre é individual mas que pode ser alcançado com atitudes sociais. Por outro lado, a energia gasta pelo cérebro frontal é grande e usá-lo para controle sistemático das outras regiões é desgastante para todo o sistema… Por isso, as três vão em franca interação segundo a segundo arbitrando sobre o que você faz!
Que loucura isso!
No final das contas, o comportamento é criado ativamente por nós ou simplesmente ele “comparece”? Se ora a resposta é uma, e ora outra, quem manda nesse negócio chamado eu? E se não mando totalmente em mim como posso “me” anunciar como pró-social ou antissocial? E de quem é a “culpa” por eu estar mais aqui ou ali?
Desculpa, mas hoje eu vim para confundir!